Falar “não” para a criança me torna uma mãe má?

30.jun.2023

Falar “não” para a criança me torna uma mãe má?

Como mães, frequentemente nos deparamos com o dilema de dizer “não” para nossos filhos. Essa pequena palavra pode desencadear dúvidas e questionamentos sobre nosso papel como mães e o impacto que nossas decisões têm no desenvolvimento das crianças. Afinal, será que dizer “não” constantemente nos torna mães más?

A abordagem psicanalítica nos convida a refletir sobre essa questão de forma mais profunda. O “não” é uma parte essencial da educação e do processo de socialização das crianças. É através desse limite que elas começam a compreender o mundo ao seu redor, aprendendo a lidar com frustrações e desenvolvendo habilidades importantes, como o autocontrole e a empatia.

No entanto, é importante ressaltar que o “não” precisa ser equilibrado e assertivo, evitando extremos. Quando dizemos “não” de maneira autoritária ou excessiva, corremos o risco de gerar sentimentos de rejeição, medo e insegurança na criança. Por outro lado, quando nos negamos a dizer “não” por medo de desagradar ou frustrar nossos filhos, podemos acabar prejudicando o processo de desenvolvimento saudável.

É importante encontrar o equilíbrio entre o estabelecimento de limites e a disponibilidade para escutar e compreender as necessidades emocionais da criança. Dizer “não” de forma consciente e amorosa não nos torna mães más, mas sim mães que se preocupam em orientar, proteger e preparar nossos filhos para enfrentar os desafios da vida.

Além disso, é fundamental lembrar que dizer “não” também é uma forma de amor. Estabelecer limites apropriados demonstra aos nossos filhos que nos importamos com o bem-estar deles, mesmo que às vezes isso signifique dizer algo que eles não queiram ouvir. É uma oportunidade de ensiná-los a lidar com a frustração, a buscar alternativas e a desenvolver a resiliência emocional.

Em suma, dizer “não” para a criança não nos torna mães más, mas sim mães conscientes de que nosso papel é guiá-las para um crescimento saudável e equilibrado. A abordagem psicanalítica nos ajuda a compreender a importância desse equilíbrio, incentivando um diálogo amoroso e respeitoso com nossos filhos. Lembre-se: educar com limites é uma demonstração de amor e cuidado, preparando nossas crianças para se tornarem adultos confiantes e responsáveis. A Ana é psicóloga infantil em Santos, se sentir que precisa de ajuda com seus pequenos, entre em contato!


ÚLTIMOS ARTIGOS

14/ago/2023

A agressividade na infância: como a psicanálise pode ajudar a lidar com essas emoções

A agressividade é uma das emoções mais comuns e naturais que fazem parte do desenvolvimento […]

LER MAIS >
31/jul/2023

Relacionamentos Abusivos – Será que me enquadro neles?

Os relacionamentos são uma parte fundamental de nossas vidas, inclusive na infância. No entanto, é […]

LER MAIS >