PERGUNTAS FREQUENTES
O termo psicoterapia refere-se à um processo dialético efetuado entre um profissional psicólogo (o psicoterapeuta) e o cliente (o paciente).
Por ser definitivamente da área da Saúde Mental, a psicoterapia é a principal linha de tratamento para qualquer assunto referente à mente, para isso faz uso de métodos, técnicas e intervenções psicológicas cujo objetivos centrais são:
restabelecer a qualidade de vida do paciente;
equacionar os motivos da consulta (que variam desde pequenas dificuldades do dia-a-dia até mesmo grandes psicopatologias);
desenvolver os padrões de funcionamento mental do indivíduo e de seus sistemas psíquicos (saúde orgânico, saúde mental, familiar, social, sexual, intelectual, financeiro, profissional, lazer e espiritual).
Como todas as formas de intervenção em saúde e em psicologia clínica, a psicoterapia:
é executada por profissionais psicólogas e/ou outros profissionais de saúde mental especializados em psicoterapia;
é comumente precedida de um psicodiagnóstico (a não ser em crises pontuais tais como, luto, separação, demissão etc);
é um tratamento efetuado em ambiente clínico através de consultas de 50 min (normalmente 1 vez por semana);
faz uso de exames, testes e técnicas psicológicas para atingir o objetivo que pode varias de: cura, diminuição do sofrimento, estresse, ou incapacidade do paciente (raramente causado por um transtorno mental);
baseia-se no corpo teórico-científico da ciência da psicologia;
é aplicado em um determinado contexto formal (individual, em casal, com a presença de familiares, em grupo - de acordo com a indicação).
Em linguagem técnica o termo "psicologia" refere-se à ciência e "psicoterapia" ao uso clínico do conhecimento obtido por ela. Da mesma forma, costuma haver confusão entre os termos "psicoterapia" e "psicanálise", enquanto que a psicoterapia refere-se ao trabalho psicoterapêutico baseado no corpo teórico da ciência da psicologia como um todo, e a psicanálise refere-se exclusivamente ao trabalho baseado nas teorias oriundas do trabalho de Sigmund Freud; "psicoterapia" é, assim, um termo mais abrangente, englobando todas as linhas teóricas-científicas (com métodos e resultados) da Psicologia Moderna.
Ainda sob um ponto de vista geral, ou seja, comum a todas as escolas psicoterapêuticas, os efeitos da psicoterapia podem ser analisados sob dois aspectos:
O aspecto processual, isto é, que se refere ao trabalho terapêutico em si. Aqui podem se observar os seguintes efeitos: o fortalecimento do relacionamento terapêutico, a intensificação da expectativa de sucesso do paciente, sensibilização do paciente a fatores que ameaçam sua estabilidade psíquica, um mais profundo conhecimento de si mesmo (autoexploração) e a possibilidade de novas experiências pessoais.
O aspecto final, isto, que se refere às consequências da terapia na vida do paciente. Aqui se diferenciam os micro efeitos dos macro efeitos. Os micro efeitos referem-se aos pequenos progressos que acontecem durante a terapia, entre as sessões: os paciente experiencia novas situações, emoções, novas facetas de si, novas formas de comportamento. Já os macro efeitos dizem respeito às consequências a longo prazo e às mudanças mais profundas, relacionadas às estruturas mais centrais da personalidade e do funcionamento psíquico: a pessoa adquire novas posturas em relação a si mesma e aos demais, adquire novas capacidades e competências. Sobretudo, uma terapia realizada com sucesso conduz a um aumento da autoeficácia, ou seja, da convicção do paciente de ser capaz de lidar com os problemas que o faziam sofrer, que leva a um aumento da autoestima. Outros efeitos são ainda uma compreensão maior dos problemas que afligem o paciente e da história de vida, que conduziu a eles.
Tanto os micro, como os macro efeitos se podem dar em três níveis:
- melhora do bem-estar;
- modificação dos sintomas;
- modificação da estrutura da personalidade.
Mudanças na estrutura da personalidade só são possíveis depois de uma melhora do bem-estar e dos sintomas.
Uma psicoterapia pode ser indicada em situações em que o indivíduo está insatisfeito com a própria forma de vida, em que ele precisa tomar decisões difíceis e não sabe como, em situações em que a pessoa não vê sentido naquilo que faz, em casos de transtorno mental, pessoas em busca de diminuição do sofrimento, do estresse, em crises pontuais tais como luto, separação, demissão, entre outros.
No tratamento psicanalítico há um intercâmbio de palavras entre o paciente e o analista. O paciente conversa, fala de suas experiências passadas e de suas impressões atuais, queixa-se, reconhece seus desejos e seus impulsos emocionais. O psicólogo escuta, procura orientar os processos de pensamento do paciente, exorta, dirige sua atenção em certas direções, dá-lhe explicações e observa as reações de compreensão ou rejeição que ele, analista, suscita no paciente.
Os desinformados parentes dos pacientes, que se impressionam apenas com coisas visíveis e tangíveis, jamais deixam de expressar suas dúvidas quanto a saber se “algo não pode ser feito que não seja simplesmente falar”. Naturalmente, esta é uma linha de pensamento ao mesmo tempo insensata e incoerente. Essas são as mesmas pessoas que se mostram assim tão seguras de que os pacientes estão “simplesmente imaginando” seus sintomas.
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