28.maio.2014
O ciúme entre o irmão mais velho e o irmão mais novo pode chegar a extremos. É dever dos pais tomarem cuidados com certas atitudes. A comparação, por exemplo, é uma atitude que deve ser banida do relacionamento. Esta prática pode tornar os irmãos adversários e até mesmo inimigos.
Muitos pais condenam os ciúmes, principalmente quando o filho mais velho começa a dividir o seu espaço, o amor da mãe, do pai, dividir a casa, às vezes o quarto, os brinquedos, a atenção dos parentes com o caçula. O ciúme nesse caso, é esperado e, portanto, normal. O anormal seria que esse irmão mais velho não sentisse rivalidade nenhuma por esse bebê que chega e o tratasse amigavelmente.
Caso isso acontecesse, poderíamos dizer que essa atitude seria estranha e preocupante porque não faz parte da índole da criança, e que obviamente, ela deveria demonstrar esse ciúme alguns momentos. Esses dois sentimentos não precisam ser apagados e impossibilitados de aparecerem. Em diferentes situações eles aparecerão, mas bem solucionados não trarão consequências desastrosas a nenhum dos irmãos.
Quando o ciúme e a inveja são intensos, elas se transformam em fonte de grande ansiedade. O ciúme na criança é característica normal da personalidade, exceto quando não de forma intensa. Envolve rivalidade sadia e quando surge no relacionamento com irmãos, é um treino preparatório da fase competitiva, que mais tarde ela precisará enfrentar no ambiente social e profissional.
Algumas crianças apresentam regressões comportamentais, como manha, revolta, agressão contra os pais, falta de apetite, fracasso nos estudos ou recusa em crescer. Se essa fase se estende, pode ameaçar o equilíbrio da personalidade infantil, levando a distúrbios, como sinais de ambivalência e indecisão, dificuldade em tarefas que exijam capacidade de abstração ou chegar a conclusões com clareza.
Existem também os mecanismos passivos, que são apresentadas de diversas formas. A primeira é a interiorização da hostilidade da criança e sobrecarga de ansiedade. Aparecem os tiques nervosos, volta a molhar a cama ou querer que lhe dê comida na boca. Ou então quando a criança fica apática, apagada, preguiçosa, sem entusiasmo. Pode bloquear-se afetivamente, sufocando junto com a inveja e o ciúme, o amor.
Outro mecanismo passivo é quando a criança se acha inferior. Essa atitude determina reações depressivas que são autodestrutivas. É preciso estimular que a criança canalize a agressividade em algum esporte. O irmão mais velho deve ser estimulados a fazer novas amizade e frequentar outros lugares diferentes daqueles do irmão. As comparações, obviamente, devem ser evitadas. Dizer que um dos irmãos é mais inteligente, mais carinhoso, etc., não servirá de estimulo ao outro irmão; muito pelo contrário, só fará com que ele se sinta humilhado e inferiorizado.
Uma solução, está no que se refere às personalidades dos filhos. Os pais devem identificar e realçar as características positivas de cada um. As habilidades e talentos devem ser sempre valorizados e nunca comparados. Além disso, é preciso estimular a afetividade de todos os filhos, para que não os reprima.
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