Existem brinquedos de menino e de menina?

4.jul.2016

Existem brinquedos de menino e de menina?

As brincadeiras convidam ao encontro, permitindo que a criança conheça mais a respeito de si mesmo e também a respeito do outro. Elas auxiliam no processo de aprendizado do convívio e permitem que a criança elabore muitas de suas experiências cotidianas por meio do brincar. Por isso, entrar nas brincadeiras de seus filhos de coração aberto ajuda a viver a experiência do encontro, dos olhos nos olhos.

Mas quais brinquedos são para meninos e quais são para meninas? Associados aos gêneros, muitos brinquedos e atividades são julgadas pelos pais e educadores. Assim surgem as dúvidas sobre como devemos fazer quando um menino se encanta pelas bonecas ou uma menina se encanta pelo futebol. Será que os brinquedos e brincadeiras realmente são seletivos a um ou outro gênero?

A primeira coisa que vale a pena ressaltar é o contexto em que as crianças estão sendo criadas. Hoje, homens e mulheres funcionam como um grande time na elaboração da família. Pais presentes, mães presentes, pais e mães trabalhando fora, todos fazendo de tudo e a criança como grande observadora e aprendiz desse lindo exemplo. Assim, ele parte para a brincadeira, para seu querido faz de conta, aplicando a nova realidade que encontra. Brincar de boneca, jogar bola não pertence mais a um gênero ou outro: brincar pertence às crianças. Não, os brinquedos não têm gênero!

As meninas podem gostar de qualquer brinquedo e os meninos também. Muitas de suas atividades vão depender do suporte dos pais, pois quando estes se envolvem nas brincadeiras, as crianças acabam dando preferência ao que é aceito pela família. A influência é grande, por isso, o maior cuidado dos pais é não julgar e não associar nenhuma brincadeira ao gênero, pois, dessa forma, acabará limitando o brincar.

Os pais devem olhar para esse momento com todo cuidado que merece, com olhar de aprendiz, daquele que caminha, que aprende junto. Vivendo o brincar como experiência e como algo que fortalece as relações, os pais não devem promover a diferenciação, mas sim aproximar as crianças em todos os pontos possíveis. Dessa forma, teremos a leveza do brincar e a certeza do aprender sempre nas brincadeiras com os filhos. As crianças devem seguir livres para brincar e se expressar da forma como veem o mundo.

Fonte: Conversa com Criança


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